segunda-feira, 21 de junho de 2010

que seja ,

O amor moderno é um amor intrigantemente diferente, ele simplesmente não é amor. Posso dizer, parafraseando o poeta, que o amor de hoje não passa de uma troca de duas fantasias e do mero contato de duas epidermes. Se vamos amar, que seja o amor genuíno, que seja o amor que não cansa e não arrefece, e não esse amor imprudente dos que desejam apenas satisfazer suas próprias pretensões egoístas. Se pelo amor verdadeiro eu vir a sofrer e, talvez, a chorar, eu pelo menos lembrarei de que fui capaz de oferecer toda a nobreza do meu coração, uma dádiva que poucos afortunados são capazes de ter neste mundo tão hedonista e sórdido! Não é o amor que faz sofrer, mas sim a não correspondência dele, o amor em si é o remédio para todos os sofrimentos. A verdade é que, ainda que eu pudesse viver todos os prazeres desta vida, ao recostar minha cabeça no travesseiro à noite eu saberia que não estou completo. Os prazeres são passatempos, distraem-nos, mas não nos preenchem. De que aproveitam beijos mortos ou olhos desejosos, mas vazios? Não, não! Só o amor preenche, só o amor vivifica. O que faz um verdadeiro homem feliz não é a “gatinha da balada”, mas sim o amor que o faz deitar à noite e lembrar da ternura de um abraço duramente conquistado, é lembrar do sorriso tímido seguido daquela também tímida caída no olhar, aquele olhar cintilante que, de tão verdadeiro e profundo, nos diz no mais absoluto silêncio um perfeito e sincero “eu te amo...”.  Mas uma coisa, uma coisa eu digo: quem não sabe amar não merece ser amado. A mulher que procura amor de um menino terá um amor moderninho e egoísta de um menino, e não o amor de um homem, um "amor de Dante" que, se preciso fosse, desceria ao nono círculo do inferno para ter de volta sua amada nos braços.


FERNANDO 

Jú (:

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